quarta-feira, 9 de maio de 2012

Seca no Nordeste deixa mais de 500 cidades em situação de emergência


Falta de chuva secou rios, prejudicou lavouras e fez disparar o preço de alimentos. Em uma cidade do interior da Bahia, não chove há dois anos.



A seca na Região Nordeste já deixou mais de 500 cidades em situação de emergência. A falta de chuva secou rios, prejudicou as lavouras e fez disparar o preço de alimentos, como o milho e o feijão.

Animais famintos, sem ter o que comer. Na terra esturricada pela seca, não dá para plantar. O agricultor trabalha em vão. A água é suja, salgada e está cada vez mais distante. São poucos os reservatórios que ainda não secaram. O Rio Pajeú, no município de Floresta, um dos maiores rios do sertão, hoje é cenário de desolação.

“Era a água que servia para a gente fazer irrigação agrícola, pastagem de animais e todo o uso doméstico. Hoje, com a seca, a gente está em uma situação dessas”, conta o agricultor Florisvaldo de Souza.

Os números do Ministério da Integração Nacional divulgados neste sábado (5) revelam o mapa da escassez de chuva na região: 525 municípios do Nordeste estão em situação de emergência; outros 221 também sofrem os efeitos da estiagem e aguardam a avaliação da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Na Paraíba, 171 cidades decretaram emergência, no Rio Grande do Norte, 139, e em Pernambuco, 45.

Na Bahia, a situação é mais grave, o estado de emergência já foi reconhecido em 232 municípios. Segundo a defesa civil do estado, esta é a pior seca dos últimos 47 anos. No município de Anagé não chove há dois anos. Agricultores estão perdendo as plantações e muitas famílias estão sem água para beber.

A seca no agreste e no sertão de Pernambuco já apresenta reflexos na Ceasa do Recife, o maior centro de abastecimento do estado. A queda na produção atinge o milho verde, um dos alimentos mais consumidos a partir do mês de maio até o São João. A quantidade de milho diminuiu e os preços já dispararam.

O preço quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje, a chamada mão de milho, com 50 espigas, é vendida por R$ 15. No ano passado? “Era de R$ 8 a R$ 10 a mão”, revela um vendedor.

Com o feijão não foi diferente. O preço subiu 100% em relação ao mesmo período do ano passado. O quilo passou de R$ 3 para R$ 6,20.

Fonte: Jornal Nacional

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

 Filho da Cidade de Massapê-CE, Casado, Professor com formação em Pedagogia, Ciências Sociais. Professor da rede municipal de Sobral, exercendo a função de Diretor da Escola Raimundo Santana na cidade de Sobral. 

A Importancia do Blog na Educação



A palavra blog vem da abreviação de weblog - web (tecido, teia, também usada para designar o ambiente de internet) e log (diário de bordo, registro). É um diário online que permite que os usuários registrem diversos conteúdos que ficam disponíveis em ordem cronológica, com a vantagem de que possibilita um espaço para comentários dos leitores.

Encontram-se várias definições sobre blogs, entre elas, a definição de Inagaki (2005, p.1) “é um site regularmente atualizado, cujos posts (entradas compostas por textos, fotos, ilustrações, links) são armazenados em ordem cronologicamente inversa, com as atualizações mais recentes no topo da página”.

Segundo Mantovani (2005, p.12), “weblog ou simplesmente blog, é um tipo de publicação on-line que tem origem no hábito de alguns pioneiros de logar (entrar, conectar ou gravar) à web, fazer anotações, transcrever, comentar os caminhos percorridos pelos espaços virtuais”.

O blog é um importante instrumento de comunicação, interação e compartilhamento de idéias, informações e conhecimentos de forma colaborativa, e por estas características, torna-se uma importante ferramenta que pode ser explorada potencialmente na área educacional. Acredita-se que, ao considerar o blog como ambiente virtual de aprendizagem, a aprendizagem neste ambiente não pode ser passiva.

Os alunos não devem ser apenas responsáveis pela sua conexão, mas também devem contribuir com o processo de aprendizagem, pois aprender é um processo ativo, do qual o professor quanto aluno devem participar.

Segundo Soares e Almeida (2005, p. 3):



Um ambiente de aprendizagem pode ser concebido de forma a romper com as práticas usuais e tradicionais de ensino-aprendizagem como transmissão e passividade do aluno e possibilitar a construção de uma cultura informatizada e um saber cooperativo, onde a interação e a comunicação são fontes da construção da aprendizagem.



Assim sendo, cabe ao professor apropriar-se das novas tecnologias de informação e comunicação (NTics) refletindo sobre suas possibilidades, propondo atividades e estratégias diferenciadas ao utilizar os blogs. Os blogs estão sendo explorados por alunos e professores e a cada dia surgem formas diferentes de utilizá-lo: podem ser utilizados como um recurso pedagógico ou como uma estratégia pedagógica.

O que diferencia o blog utilizado como um recurso pedagógico do blog utilizado como uma estratégia pedagógica são as atividades e estratégias propostas no ambiente e o papel assumido pelo professor e pelos alunos.

Ressalta-se que as estratégias e atividades propostas pelos professores, independente do ambiente (sala de aula, laboratório de informática ou ambiente virtual de aprendizagem) e ou recursos que utiliza (giz, livro, computador...) vão depender da Epistemologia, da sua concepção de aprendizagem, conhecimento e aluno, que apóia sua prática.



Texto de
Adriana Ferreira Boeira

Os Indicadores da Qualidade na Educação

Os Indicadores da Qualidade na Educação estão sendo utilizados no Programa Nacional da Escola Básica. Os Indicadores da Qualidade na Educação baseiam-se numa visão ampla de qualidade educativa e, por isso, abrangem sete dimensões: ambiente educativo; prática pedagógica e avaliação; ensino e aprendizagem da leitura e da escrita; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico escolar; acesso e permanência dos alunos na escola.

Quanto ao Ambiente educativo, os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos direitos e deveres. Em relação à Prática pedagógica e avaliação: os indicadores refletem coletivamente sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos, incluindo a auto-avaliação, e a avaliação dos profissionais da escola. O enfoque dado ao Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, refere-se à prática de garantir que todos os alunos aprendam. Para a ação se concretizar, a escola precisa ter uma proposta pedagógica com orientações transparentes para a alfabetização inicial.A escola pode implementar as orientações da proposta pedagógica para a alfabetização inicial, buscando as orientações nos momentos de avaliação e reuniões pedagógicas alusivas a este contexto; cuidando, também para que os planos de aula e outras concepções de alfabetização inicial sejam organizados ponderando as orientações da proposta pedagógica.

Para que o plano de alfabetização funcione, serão viabilizados para os alunos materiais variados de leitura nas salas de aula: livros diversificados (com e sem palavras, de prosa, de poesia); revistas; gibis; suplementos infantis de jornais; cartelas com nomes dos alunos; letras móveis; jogos com letras e palavras; produções das próprias crianças, com desenhos e escritas; dicionários. Os alunos participarão de projetos ou atividades nas quais poderão conhecer e praticar os diferentes usos da leitura e da escrita cotidianamente.

Porém, não é tão simples situar claramente um limite separando o que é estar alfabetizado do que é não estar alfabetizado. Mas a escola precisa definir essa fronteira. Por exemplo ao questionar se o aluno é capaz de escrever sem copiar um pequeno texto que seja compreensível, ainda que contenha falha ortográfica; se o aluno é capaz de ler (com fluência suficiente para compreender) um pequeno texto escrito em linguagem familiar. A ocorrência de que muitos alunos até chegam a se alfabetizar, mas não desenvolvem adequadamente sua capacidade de leitura e escrita ao longo do ensino fundamental, justifica-se pelo fato de que os educandos têm dificuldade de compreender o que lêem e dificuldade de se expressar. Por isso, é fundamental que todos os professores constituam um plano de progressão das habilidades de leitura e escrita dos alunos, colocando finalidades para a série, ano ou ciclo. Na escola, as crianças precisam ter contato com diferentes textos, ouvir histórias, observar adultos lendo e escrevendo. A leitura e a escrita são capitais para o aprendizado de todos os assuntos escolares e não escolares. Por isso, em cada ano/série, o aluno precisa ampliar cada vez mais sua capacidade de ler e escrever.Assim, em sua proposta pedagógica, a escola precisa situar claramente o que os alunos devem aprender em cada etapa, até a conclusão do ensino fundamental.

Os indicadores na Gestão escolar democrática, enfocam a participação nas decisões, a preocupação com a qualidade, com a relação custo-benefício e com a transparência. Em relação à Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola: discute-se sobre os processos de formação dos professores, sobre a competência, assiduidade e estabilidade da equipe escolar. Quanto ao Espaço físico escolar: os indicadores enfatizam o bom aproveitamento dos recursos existentes na escola, a disponibilidade e a qualidade desses recursos e a organização dos espaços escolares. Os indicadores para o Acesso, permanência e sucesso na escola, evidenciam a preocupação com os alunos que apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem. Aqueles que mais faltam na escola. Quais os motivos que levam os alunos a abandonaram ou se evadiram da escola .

Devemos, porém, enfatizar que não existe um modelo único para a escola de qualidade. Qualidade é um conceito ativo, que deve ser construído e reconstruído continuadamente. Cada escola tem autonomia para refletir, indicar e atuar no caminho e encontro da qualidade da educação. A escola necessita ter uma estratégia compartilhada entre os professores para fazer os alunos progredirem na leitura e na escrita, buscando envolver as famílias , que podem exercer um papel respeitável, estimulando o aprendizado de leitura e escrita de seus filhos.

Fonte: MEC

Amélia Hamze
Profª FEB/CETEC/ISEB
ahamze@uol.com.br